Eu nunca tinha viajado sozinha para outro país, minha primeira experiência foi na minha Eurotrip com stopover em Nova York. Foram 8 dias de viagem solo antes de encontrar com o Leo para seguirmos a viagem juntos.
Ao mesmo tempo que dá uma sensação de liberdade absoluta ao poder decidir todos os caminhos, também bate aquele medo de não ter alguém para te ajudar numa situação de perigo.
Nova York, eu já conhecia então, foi uma viagem bem tranquila, eu já sabia onde ir e como chegar nos lugares. Mesmo estando sozinha aquele sentimento de familiaridade do lugar, as lembranças do que já vivi lá, ajudaram muito para me sentir segura de todas as formas.
A Bélgica era um país novo, a porta de entrada da União Europeia e eu não sabia o que esperar. E assim que cheguei percebi que muita gente não falava inglês e que eu não entendo muita coisa em francês.
Mas mesmo com essa aparente dificuldade do idioma Bruxelas me acolheu muito bem, eu fiquei maravilhada caminhando por suas ruelas descobrindo cada pedacinho dessa cidade. O povo muito educado, se fazendo entender, não importando o idioma.
Lost in Brussels
Não estava sabendo usar o google maps para andar à pé e me perdi diversas vezes. Numa dessas eu encontrei o “Parc de Bruxelles”, um parque simples e pacato próximo ao centro da cidade.
Não é um parque gigante e memorável como Central Park ou Hyde Park, mas envolto na atmosfera de descobertas e na emoção de conhecer um novo país sozinha, acabou se tornando especial para mim. Talvez essa simplicidade e falta de pretensão do parque, tenham me seduzido.
Ao se perder nesse parque acabei encontrando um novo caminho.
O parque é frequentado pelos moradores locais que passam por ele nos seus trajetos do dia a dia, caminham ou simplesmente ficam nos seus bancos lendo, relaxando, apreciando a natureza. Haviam algumas estátuas e na parte central tinha uma fonte.
Ao me perder nesse parque tive um momento para refletir sobre tudo que estava vivendo nessa viagem, nas doses de coragem e medo que passei, no quanto era incrível essa independência. Viajar sozinha te deixa mais forte, mais preparada, é uma oportunidade de autoconhecimento.
Toda a minha insegurança antes da viagem passou, percebi que eu consigo me virar, não importa onde, não importa o idioma, consigo ser uma “cidadã do mundo”, como diz na tatuagem que eu carrego nas costas.
Não existem regras quando se trata de viajar, seja sozinho, acompanhado ou em grupo, o que importa são os seus sentimentos naquele momento, você é quem faz a viagem. Um destino pode ser visitado várias vezes e trazer experiências diferentes.
Fui no inicio do outono, em Outubro, por isso as folhas das arvores já estavam começando a ganhar o tom amarelado, ainda que discretamente. Mais adiante na viagem fui no Hyde Park completamente tomado pela estação.
Lugares são apenas lugares para a maioria das pessoas, o que os tornam especiais são os sentimentos que carregamos quando os visitamos e o “Parc de Bruxelles” me encantou enquanto eu vivia meu momento “Alice no país das maravilhas” em Bruxelas.
Enquanto eu estava ali perdida, no tempo e no espaço, estive grata pela experiência de viajar sozinha em terras desconhecidas.
Algum lugar já te marcou dessa forma?
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