Após a minha intensa experiência em subir o pico das Prateleiras no Parque nacional do Itatiaia, fiquei como uma sensação inacabada de ter que voltar nesse lindo parque e subir no seu pico mais conhecido: o Agulhas Negras.
O Pico das Agulhas Negras tem esse nome pois há em seus cumes falésias de rochas escuras e acidentadas, caracterizando de longe como um pico afiado e perigoso. Esse pico é o quinto mais alto do Brasil com 2.790m de altura.
Perigoso? Um pouco sim, por assim dizer, pois há partes que há poucas áreas de bases para apoiar os pés e mãos e que é extremamente necessário a melhor das atenções para não escorregar e cair de lá.
Trabalhoso para subir? Sim, suas passagens estreitas se tornam difíceis para subir e são grandes desafios na descida. Isso tudo acrescido de passagens envolvendo rapel e muita resistência.
Não é fácil se deslocar com destreza por lá (sem mencionar guias e montanhistas experientes, claro). Mas vale a pena? Ah…isso vale!
Toda jornada em equipe se faz necessário um time unido, otimista e que consiga trazer o espírito de parceria e amizade.
Isso nós conseguimos com as pessoas que fizeram essa mesma trilha e escalada conosco. Meu parceiro de montanhas Rodolfo “Medina” e o nosso mais novo amigo, Paulista, da agencia “Trail Friends Adventure Sport”. Gente boa e sempre solicito, nos acompanhou nos momentos de desafio, com instruções e ajudando a conquistar de maneira vitoriosa cada passo adiante.
Começamos com um ótimo café da manhã comunitário, cada um se apresentou, rimos e nos preparamos mentalmente para um dia que seria intenso, por volta de 12 horas de caminhadas, subidas, descidas e muita resistência.
Passamos por trilhas estreitas e cheias de gelo no caminho. Conversamos e vimos lá de longe o quão imponente e assustador era a “montanha”.
Não tinha uma visão clara da distância que iríamos percorrer. Mas sabíamos de uma coisa: voltaríamos para casa esgotados depois desse longo dia.
Após mais ou menos 6 horas de subida, utilizando bastante as mãos com luvas para a famosa “escalaminhada”, chegamos a um dos pontos mais desafiadores que veria nesse dia, a subida de uma parte, de rapel, com suporte a uma corda entre os abismos.
Não há volta, não há o que pensar direito e nem se pode permitir a ideia da desistência, pois naquele momento só há um objetivo: subir e conquistar o cume. Para depois poder descansar, almoçar os sanduíches que levamos, tomar muita água e fazer o caminho inverso.
Nessa hora, você precisa confiar em si mesmo, na sua força e resistência, para puxar o seu corpo a cada passo, concluir e seguir.
Essa é a beleza de um autêntico desafio, essa é a beleza de se superar, de deixar a adrenalina entrar e fazer o seu trabalho. Isso te faz sentir vivo…
O cume é lindo, reconfortante. Você tem uma visão de 360 graus, vê cidades pequeninas bem distantes, vê o caminho onde começamos e nos perguntamos, como é possível andarmos tanto em um só dia e fazer tudo de novo para chegar em casa?
A volta como citei acima, foi bem mais desafiadora, pois tudo que fizemos na ida, tivemos que retornar à fazer para voltar…
Rapel, descidas vertiginosas, resistência dobrada já pelo desgaste que foi feito ao longo do dia. Mas com um bom time e trabalho coletivo, sempre conseguiremos nos superar.
Os guias que estavam conosco eram muito experientes e simpáticos. Nos momentos de tensão, pedíamos para nos ajudar e nos instruir em como passar os obstáculos, e todas vezes fomos muito bem atendidos.
Voltamos para casa cansados, mas com o espírito renovado!
Paramos para comer uma bela comida quente em um povoado perto de lá, rimos por conta de novas memórias, e fiz uma promessa só para mim, uma promessa que seguirei com afinco:
Sempre serei grato pelas mudanças que passei, pelas experiências que tive, pela oportunidade de voltar para casa com saúde e responsabilidade. Com a certeza renovarei minha mente e meu espírito em lugares únicos como esse.
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[…] tinha feito um pouquinho de escalaminhada na trilha do queixo da anta e o Leo muito mais no Pico das Agulhas Negras e no Prateleiras, foi bem divertido e desafiador. Nessa parte o Leo mudou o conceito sobre o nível […]